quarta-feira, 31 de maio de 2023

terça-feira, 30 de maio de 2023

águas de março, na interpretação de joão gilberto


sensação de estar sem saída
uma agonia que paralisa

o violão que segue na mesma cadência uma sequência de rimas que remetem a coisas que doem

as notas das cordas a ressoarem no corpo "é o fundo do poço, é o fim do caminho no rosto um desgosto, é um pouco sozinho"

a batida que não dá espaços ao vazio a voz que canta sem pausa, um lamento

uma oração que hipnotiza "é o projeto da casa, é o corpo na cama é o carro enguiçado, é a lama, é a lama" o tom melancólico, monótono como que agarrado numa melodia invariante

palavras que fazem doer "um espinho na mão um corte no pé" a sensação de estar sem saída...
- águas de março, na interpretação de joão gilberto

Capela da Várzea




o azul e o branco do céu

a cúpula de uma igreja a apontar para o infinito

e eu que tão inquieto me sinto

penso em paz ao ver tamanha beleza.

-  Capela da Várzea, 26.05.23

infinitos são meus os meus sonhos

 



é hora de sair, querida, 
não vai dar certo!

por mais que eu queira
estar por perto,
meus desejos pedem mais.

eu quero a vida,
o brilho dos olhos.

não a dor e um peso
a cortar os ossos.
vontade mesmo, só de cantar.

 - infinitos são meus os meus sonhos.

a estranha sensação de algo que você deseja acontecer mas não do jeito e na hora que você quis